A REALEZA
Inicialmente, as únicas cartas transportadas eram as recebidas e enviadas pela realeza (rei e corte). O primeiro serviço de correio público foi iniciado em 1626 cobrindo o trajeto entre as cidades de Londres e Plymouth no Reino Unido. Logo após começariam a surgir outros serviços postais, desenvolvendo-se então uma rede de entrega postal entre as principais cidades. Em 31 de julho de 1635 o rei Carlos I decretou a ampliação do uso do Royal Mail (Correio Real) ao público.
O PRIMEIRO CARIMBO
Em 1660 os Correios do Reino Unido passaram por uma reformulação e Henry Bishop foi nomeado como correio-mor. Deve-se a este cidadão britânico a introdução do uso de carimbos, parecendo que os mesmos passaram a ser utilizados a partir de 1661. A denominada marca de Bishop, como passou a ser conhecida, só mostrava o dia e o mês da expedição da correspondência postal e sua finalidade era de garantir a entrega da correspondência sem atraso. Por essa época toda a correspondência era levada para Londres, Edimburgo ou Dublin, antes de serem enviadas para o seu destino. As marcas (carimbos) de Bishop eram usadas apenas nestas cidades, sendo a de Edimburgo na cor vermelha. Por essa época também na América passaram a ser usadas marcas de postagem, principalmente em Nova Iorque e na Filadélfia, onde são designadas como marcas de Franklin em referência à Benjamim Franklin, na época correio-mor assistente.
PERCURSOS E TARIFAS POSTAIS
As primeiras tarifas postais eram bastante complicadas de serem calculadas. Era levado em conta a distância percorrida e o número de folhas de papel que vinham a compor a correspondência. Por ser complexo e dispendioso o serviço era basicamente utilizado pelos ricos e pelos negociantes, sem que fosse dado as pessoas comuns a chance da utilização. Melhorias foram sendo aplicadas, percursos adicionais aos relacionados a Londres (inicialmente em número de seis) foram gradativamente aumentados, estabelecendo-se uma série de novos percursos o que aumentou significativamente a rede correspondente ao serviço postal. As melhorias passavam pelo estabelecimento de correios intermediários entre dois percursos postais, além de postos adjacentes entre um percurso postal e uma localidade que lhe ficasse próxima. As cartas passaram então a ser encaminhadas entre as duas cidades situadas no mesmo percurso postal. Às cartas eram colocadas instruções no canto inferior esquerdo das cartas, e é possível observar-se em vários envelopes da época inscrições como "Cross-post" (posto intermediário) ou "X-post".
O CORREIO DE UM PENNY
Em 1680, William Dockwra introduziu em Londres uma franquia especial de um penny. Esse serviço introduziu o primeiro serviço com pré-pagamento, já que até aquele momento a prática comum era de as cartas serem pagas por quem as recebia. Este correio local e barato logo expandiu-se para outras cidades importantes sendo inclusive adaptado para uso até em cidades provinciais. O arrecadado pelo serviço revertia para o tesouro do governo. A franquia de um penny de Londres foi aumentada para dois pence em 1801 para auxiliar o esforço de guerra contra Napoleão.
ROWLAND HILL
Sonhando com um sistema postal barato e eficiente, Rowland Hill tornou-se o homem que implementou as bases de funcionamento dos correios na forma em que hoje o conhecemos. Sua idéia era de que era importante um sistema que todos pudessem utilizar. Preocupou-se ainda com a introdução de uma forma prática de pré-pagamento pelo serviço. Para tanto sugeriu a adoção de "um pequeno pedaço de papel com tamanho suficiente para poder comportar um carimbo, e coberto no verso por um produto aglutinante". Mostrou em seu estudo, de forma clara, que o custo do transporte de uma carta dos correios de uma cidade para outra era desprezível. Mostrou ainda que seria melhor que se estabelecesse uma tarifa que considerasse apenas o peso, em substituição ao antigo sistema do número de folhas da carta. Pensou e sugeriu que deveria haver uma tarifa uniforme de um penny para cada meia onça de peso para todas as cartas transportadas e distribuídas no Reino Unido, devendo o pagamento ser feito antecipadamente, utilizando-se uma etiqueta ou envelope especiais. Todas as suas sugestões foram aceitas pelos correios do Reino Unido e já em 1839 organizou-se um concurso para a definição das etiquetas adesivas e do papel carimbado (envelope). Cerca de 2600 sugestões foram enviadas, mas nenhuma foi considerada plenamente adequada. Rowland Hill, juntamente com três tipógrafos (Perkins, Bacon e Petch)aperfeiçoou as melhores sugestões. Entretanto, a necessidade da tarifa de um penny era tão grande que as mesmas foram introduzidas em 10 de janeiro de 1840, alguns meses antes do que estava programado, e bem antes dos selos (etiquetas adesivas) estarem prontos. Assim foi necessária a preparação de selos especiais fabricados manualmente e que indicavam que a franquia de um penny havia efetivamente sido paga. Em 6 de maio de 1840, invólucros selados desenhados por Willian Mulready, envelopes Mulready e os famosos selos negros de um penny encontravam-se à venda nas agências dos correios O selo two pence ficou pronto em 8 de maio do mesmo ano. Inicialmente havia a expectativa de que os envelopes selados de Mullready seriam usados com mais freqüência do que os selos, mas por não ter os desenhos caído no gosto popular e mesmo sendo ridicularizado por chargistas da época, fez com que os selos de one penny e two pence tornarem-se muito populares.
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